Mais algumas palavras floridas para o teu cantinho tão precioso...
palavra: pão da alma, numa constelação sem remorso
"O persa – tão zeloso em rejeitar Imagem e altar e as paredes e os tetos Dos templos construídos pelo homem – Cavalgando os altos píncaros dos montes, A lua e as estrelas adorava E os ventos e a matéria primitiva E todo o firmamento, eram para ele Ao mesmo tempo Deus e natureza."
Wordsworth
Quando pouco a pouco mergulho meus dedos no teu cabelo Água cigana de rebentar em cachos à tona do verbo a tez Cingido diadema da voz distante cintila e desenrola o novelo Da fala, eis a luz, aqui a chama, a onda sobre a areia se desfez Além o gesto nos lábios acesos de dizer o nome Era Uma Vez O Sonho que esperava à porta mas uma janela porém se abria E sem bater entrava enquanto à solta de tanto bater o coração Partia, e nas asas do serão, a terna noite murmurava Bom dia!...
Quando assim era, dispersa a alma sôfrega à desfilada acendia Nos requebros tónica irregular da marcha à volta deste castelo E guebro me chamavam, parsis do fogo que do alto do monte A voz ao céu lançava tendo por único templo todo o universo Devoção ao eu superior cujas filhas soberanas da delta fronde Souberam, e ainda sabem, ascender por seus raios se o reverso Da vida se mostra à sua ínclita face ou a insana febre defronte Infiel à pureza singular, honestidade e benevolência ordenadas Com que a regra se exige a quem erga as palmas bem cruzadas.
Divindade do fogo, cor da energia tomada em seu supremo ser Aceno secreto A deus revisita angelas formas e te penetro fala Que dizer é acender o nome até nele gerar o grito que não cala Depor-se na argila dos píncaros zoroastros e luz até o céu ferver Reunindo em si fogo, ar, água e terra com que de si a si se gera Espelho circular cujo brilho encerra a palavra é assim tida vera Se verdadeira e única explicar todo o firmamento duma só vez Que ao resto do mundo natureza e divindades igualmente serão Pondo caminho de luz a rasgar o breu se o céu tremeu azul e pez Até este aquecer ao forno em que cozer da alma seu próprio pão...
Sim, conta-me outra vez, como foi que Pitágoras fez aquele dez Nascer somando os primitivos quatro números (um, dois, três E quatro) e nele resumiu o sistema solar por quantos planetas são Nove ao todo, zero, enfim, que de tudo é princípio e também fim Sinal de ligação, alvo, núcleo de célula e protoplasma, íris e visão Sopro de Gês que serpenteia e abraça ovos de Fénix e Querubim E exala do ninho de nardos, mirra e cinamomo a chama derradeira Também primeira a iluminar a vida sendo-lhe margem e fronteira.
Conta-me, para que nunca o esqueçamos, seu voo até Heliópolis E como as demais aves fizeram cortejo real em seu redor e do Sol E com ouro, incenso e mirra exéquias a seu pai cumpriram gentis Em Tebas assim o Egipto renasceu esplendor no ledo e fértil atol Imperial como antes e próspero com plumas de ouro e carmesins.
Conta-me, que não renego meu ser guebro no seio e luz dos parsis!
Que cantinho mais lindinho, amiga! Amei!
ResponderExcluirBeijos, muitos!
Mais algumas palavras floridas para o teu cantinho tão precioso...
ResponderExcluirpalavra: pão da alma, numa
constelação sem remorso
"O persa – tão zeloso em rejeitar
Imagem e altar e as paredes e os tetos
Dos templos construídos pelo homem –
Cavalgando os altos píncaros dos montes,
A lua e as estrelas adorava
E os ventos e a matéria primitiva
E todo o firmamento, eram para ele
Ao mesmo tempo Deus e natureza."
Wordsworth
Quando pouco a pouco mergulho meus dedos no teu cabelo
Água cigana de rebentar em cachos à tona do verbo a tez
Cingido diadema da voz distante cintila e desenrola o novelo
Da fala, eis a luz, aqui a chama, a onda sobre a areia se desfez
Além o gesto nos lábios acesos de dizer o nome Era Uma Vez
O Sonho que esperava à porta mas uma janela porém se abria
E sem bater entrava enquanto à solta de tanto bater o coração
Partia, e nas asas do serão, a terna noite murmurava Bom dia!...
Quando assim era, dispersa a alma sôfrega à desfilada acendia
Nos requebros tónica irregular da marcha à volta deste castelo
E guebro me chamavam, parsis do fogo que do alto do monte
A voz ao céu lançava tendo por único templo todo o universo
Devoção ao eu superior cujas filhas soberanas da delta fronde
Souberam, e ainda sabem, ascender por seus raios se o reverso
Da vida se mostra à sua ínclita face ou a insana febre defronte
Infiel à pureza singular, honestidade e benevolência ordenadas
Com que a regra se exige a quem erga as palmas bem cruzadas.
Divindade do fogo, cor da energia tomada em seu supremo ser
Aceno secreto A deus revisita angelas formas e te penetro fala
Que dizer é acender o nome até nele gerar o grito que não cala
Depor-se na argila dos píncaros zoroastros e luz até o céu ferver
Reunindo em si fogo, ar, água e terra com que de si a si se gera
Espelho circular cujo brilho encerra a palavra é assim tida vera
Se verdadeira e única explicar todo o firmamento duma só vez
Que ao resto do mundo natureza e divindades igualmente serão
Pondo caminho de luz a rasgar o breu se o céu tremeu azul e pez
Até este aquecer ao forno em que cozer da alma seu próprio pão...
Sim, conta-me outra vez, como foi que Pitágoras fez aquele dez
Nascer somando os primitivos quatro números (um, dois, três
E quatro) e nele resumiu o sistema solar por quantos planetas são
Nove ao todo, zero, enfim, que de tudo é princípio e também fim
Sinal de ligação, alvo, núcleo de célula e protoplasma, íris e visão
Sopro de Gês que serpenteia e abraça ovos de Fénix e Querubim
E exala do ninho de nardos, mirra e cinamomo a chama derradeira
Também primeira a iluminar a vida sendo-lhe margem e fronteira.
Conta-me, para que nunca o esqueçamos, seu voo até Heliópolis
E como as demais aves fizeram cortejo real em seu redor e do Sol
E com ouro, incenso e mirra exéquias a seu pai cumpriram gentis
Em Tebas assim o Egipto renasceu esplendor no ledo e fértil atol
Imperial como antes e próspero com plumas de ouro e carmesins.
Conta-me, que não renego meu ser guebro no seio e luz dos parsis!